O que é Massagem Holística?

O que é Massagem Holística?

O tratamento dado ao corpo, esfregando ou acariciando a parte afetada é uma prática encontrada em quase todas as sociedades desde o princípio da humanidade. Por volta de 1800 Per Henrick Ling, utilizando a observação que fez de técnicas que se usavam na China e em outros lugares do mundo, desenvolveu a massagem sueca. Essa técnica foi divulgada muito depressa por toda a parte e principalmente em institutos e estâncias termais na Europa.

A massagem holística é uma variante da técnica de Ling, que se adaptou às necessidades da moderna vida stressante, inspirada também em outras técnicas de massagem do oriente e ocidente. Tratando a pessoa por inteiro, isto é, corpo, mente e espírito, ajuda a relaxar os músculos, acalmar as emoções, melhorar a circulação, fortalecer o sistema imunológico do corpo, refrescar o espírito, dinamizar a energia vital e, assim, equilibrar o organismo por inteiro.

Isto é alcançado pelo uso de técnicas de consciência corporal e descontração, músicas de relaxamento, e o emprego onde necessário, de óleos essenciais, e, o mais importante, escutando o cliente cuidadosamente e ouvindo as suas necessidades de uma maneira holística. Portanto, a massagem holística é a própria massoterapia, porém com uma visão holística.

 

O que é holística?
Termo que vem do grego "Holos", que significa todo ou inteiro. Um novo paradigma que leva em consideração o todo e as partes em que o programa do todo se reflete nas partes, como num holograma. Um novo conceito que, evita a fragmentação, o reducionismo e o totalitarismo implica, a inter e transdisciplinaridade e o reencontro das ciências, artes, filosofia e tradições espirituais.
 

Esboço histórico da massagem

Não se pode precisar ao certo quando e onde a massagem teria começado oficialmente, porém é de se supor que desde tempos primitivos o ser humano utiliza as suas mãos em contacto com o corpo para aliviar dores, reconfortar os aflitos, enfim. Os mais antigos relatos escritos datam de aproximadamente 3.000 a.C. Kong-Fou (Kung-Fu), escrito em 2.700 a.C. pelos bonzos, discípulos de Lao-Tse, onde estão as primeiras recomendações empíricas conhecidas e indicações da massagem e da ginástica respiratória com fins terapêuticos.

Nei-King, escrito por volta de 2.697-2.596 a.C. tratado de Medicina Interna, escrito por Houng-Ti o “Imperador Amarelo”, a segunda parte chamada Ling-Chou trata dos meridianos, acupuntura, moxas, sangrias e massagens. Yajur-Veda, escrito em 1.800-1.500 a.C. , na Índia, contém diversos conselhos higiénicos e de massagens, como fricções com fins curativos, num amplo contexto de normas dedicadas a medicina. Em alguns túmulos do Egito, pertencentes a famosos médicos faraónicos, se encontram desenhos representando diversas cenas terapêuticas e entre elas manobras de massagem.

Hipócrates (460-380 anos a.C.), pai da medicina, fala de diversas atuações e fricções sobre a pele, músculos que atenuam a dor corporal e facilitam certas ações fisiológicas, descrevendo, inclusive com detalhes, diversas manobras de massagem. Na antiga Grécia e em Roma era habitual a utilização da massagem com fins terapêuticos, se bem que estes fins em Roma pouco a pouco vão se degradando, chegando ao ponto de desvirtuamento, algumas vezes, de confundir-se a massagem com uma série de atuações eróticas, com isso as técnicas inicialmente terapêuticas caem no descrédito, em especial uma vez estabilizado o cristianismo que combatia qualquer atividade ou tratamento corporal.
 
Nas grandes termas romanas havia lugares aonde se praticavam técnicas de massagem por meio de azeite de oliveira e diversas substâncias, unguentos, etc., eram administradas pelos chamados Traclatores. Galeno, nascido em Pergamo-Grécia (129-199), exerceu a sua medicina em Roma, chegando a ser médico do Imperador Marco Aurélio. Contribuiu de forma notória para importantes avanços do saber médico da época. Infelizmente muitos dos seus escritos perderam-se, porém, os seus conhecimentos seguiram vigentes durante toda a idade média e inclusive na idade moderna. Galeno utilizava a massagem para favorecer e relaxar a musculatura dos gladiadores, e numa das suas obras escritas cujo título é “Gimnastica” estabelece diversas pautas com noções claras e concisas de diversas manobras de massagens e de exercícios com fins curativos. Avicenna, médico árabe (980-1073), fiel seguidor da medicina galénica, perpétua a tradição da massagem, descreve as suas qualidades e estabelece indicações bastante precisas para a aplicação dos diversos tipos de manobras.

Tivemos no decorrer da idade média e do renascimento vários sábios e médicos que estudaram e indicaram a massagem como forma de tratamento. Chegamos aos princípios do século XIX com a figura mais destacada e que definitivamente consegue o reconhecimento científico da massagem e da cinesioterapia, se trata do sueco Per Henrik Ling (1776-1839). Se bem que Ling não tenha sido muito prolífero escrevendo as suas observações e avanços, mas sim os seus discípulos. É conveniente destacar que os trabalhos e anotações de Ling foram realizados por este depois de uma longa viagem a China, país em que conheceu e contactou com diversos métodos corporais.

 

Etimologia

A palavra massagem não tem uma origem muito clara, de maneira que se atribuem diversas raízes; assim, se acredita que pode derivar de qualquer um destes vocábulos:

  • "Mass", do árabe que significa tocar com suavidade.
  • "Massien", do grego que significa amassar ou toque.
  • "Mashech", do hebreu, com o significado de apalpar ou tatear.
  • "Masser", do francês, que significa amassar, dar massagem.

No princípio a palavra associou-se ao exercício físico, posteriormente “Le Gentil” a usou pela primeira vez no sec. XVIII (ano 1799) na sua obra médica na França.

 

Conceitos e definições da massagem

Em primeiro lugar vamos nos referir a denominada “massagem clássica” “massagem ocidental” ou “massagem sueca”.

  • Manobras manuais que uma pessoa, conhecida como terapeuta, exerce sobre outra conhecida como paciente.
  • Trata-se de uma série de atuações e movimentos das mãos do terapeuta sobre a superfície corporal do paciente, com fins salutares e calmantes.
  • Movimentos mais ou menos intensos, rítmicos e profundos, com fins fundamentalmente analgésicos, relaxantes e sedativos.
  • Expressado em termos mais científicos, a ação de suprimir ou diminuir a sensibilidade dolorosa por meio de atuações manuais sobre a sensibilidade superficial (corpúsculos de Meissner) e a sensibilidade profunda (corpúsculos de Golgi e Paccini).
  • Massagem é uma técnica terapêutica manual consistindo na aplicação de uma série de movimentos que, no fundo, proporcionam um intercâmbio entre emissor (terapeuta) e recetor (paciente) cujo objetivo final é a eliminação das tensões.
  • É a linguagem do tato, ou linguagem estabelecida através da pele.
  • É uma transmissão e uma forma de estabelecer uma comunicação ou conexão sem palavras.
  • É um conjunto de toques exercidos sobre o corpo de forma a eliminar a fadiga, criar sensações agradáveis e diminuir as tensões.
  • São manobras exercidas sobre o corpo, de preferência com as mãos, com fins terapêuticos, lúdicos ou eróticos.

Em resumo, se utiliza a massagem por quatro princípios básicos:
a) Para acalmar a dor, relaxar e sedar.
b) Para libertar tensões e aliviar a fadiga mental e física.
c) Para estimular os músculos e consequentemente o aparelho locomotor.
d) Para evitar lesões e prevenção das mesmas.
e) Com fins psicológicos.

 
Classificação da Massagem
  1. Dividimos as escolas de massagem em dois grandes grupos segundo a sua origem, as ocidentais que se originaram da massagem hipocrática, e as orientais que seguem os princípios da antiga massagem oriental.
  2. Segundo a época em que foram codificadas ou estabelecidas, primitiva, (antiga ou pré-clássica), clássica (massagem sueca) e modernas ou contemporâneas.
  3. Segundo a sua forma de atuação e característica predominante, massagem superficial, média ou profunda ou massagem global (no corpo todo), massagem local ou específica, massagem eclética.
 

Massagens ocidentais

  • Massagem sueca.
  • Técnica de Sambucy.
  • Massagem de Beard.
  • Massagem transversal de Cyriax.
  • Massagem fisioterapeutica.
  • Massagem de Waterwald.
  • Drenagem linfática.
  • Massagem desportiva.
  • Massagem estética.
  • Massagem erógena.
  • Massagem bioenergética.
  • Massagem psíquica.
  • Massagem aromaterapica.
  • Massagem rítmica.
  • Massagem holística.
  • Técnica de biointegração.
  • Massagem biodinâmica,
  • Deep tissue.
  • Rolfing.
  • Massagem de polaridade.
  • Reflexologia.
  • Reflexoterapia podal.
  • Touch for health.
  • Massagem californiana.
  • Massagem reconstituinte.
  • Massagem descentralizante.
  • Massagem de restauração.
  • Osteopatia.
  • Quiropraxia.
  • Técnicas de Lucinda Lidell.
  • Técnica de Gilaberte.

 

Massagens orientais

  • Tui na.
  • Shiatsu.
  • Do in.
  • Seitai.
  • Amma.
  • Kuatsu.
  • Yajur vedica.
  • Tantrica.
  • Shantala.
  • Wushi.
  • Tsubo.
  • Reiki.
  • Shin shi jitsu.

A arte, ciência e tradição da massagem
A massagem é uma forma de expressão muito antiga e podemos chamá-la primitiva, pois essa denominação designa também a sua simplicidade e praticidade de empregá-la. Este texto foi estruturado tanto para a especialização de profissionais quanto para pessoas que desejem obter uma informação ampla em técnicas de massagem. Ao mesmo tempo, se constitui num intenso processo de autodescoberta aonde poderão ser vivenciados conhecimentos profundos da arte e da ciência do tocar. Num primeiro instante, a massagem aumenta o nosso próprio contacto físico e consequentemente com as pessoas que nos cercam. Afinal, o trabalho com o outro requer do profissional um processo intenso e contínuo de autoconhecimento, da tomada de consciência das suas próprias dificuldades e limitações e, paralelamente, do reconhecimento do seu real potencial, não apenas técnico e científico, mas também intuitivo, energético e criativo. Desta maneira, a massagem holística estimulará os participantes a definirem com maior segurança e clareza as suas próprias escolhas, crescendo em criatividade, conhecimento e potencial curativo.
 

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