Inle
Médico, pescador, caçador e adivinho como Ucuele, não era Babalawo, mas tinha as virtudes de Olofi. Tudo o que ele fazia, saia bem, e por essas virtudes, era muito apreciado pelos demais. Mas o que gostava mesmo era de ser pescador, e um dia sucedeu quando pescava apareceu uma sereia.
A sua figura era muito radiante e cativante que parecia impossível que pudesse existir, e foi amor a primeira vista perante aquela aparição. A sereia perguntou se gostaria de visitar a sua casa, e Inle disse imediatamente que sim, e com ela iria até ao fim do mundo. Até esse dia ninguém conhecia os segredos da bela Yemanjá, que foi que apareceu a Inle em forma de sereia. Entretanto, a sereia levou Inle para as profundidades do oceano, de onde tinha a sua casa e os seus imensos tesouros, que ninguém sabia existirem tantas riquezas.
Inle aprendeu de Yemanjá a arte da sabedoria e da adivinhação, mas como diz o velho ditado, “confiança nas pessoas, mas também aprende a estar atento”. Yemanjá começou a ficar desconfiança de Inle, e o seu dilema consistia que ele era o único que conhecia os seus segredos e riquezas, por isso elaborou um plano para desfazer dele.
Como não desejava matar, decidiu que a única maneira de deixar viver, seria cortar a sua língua. E assim o fez, e esta história é falada no odu 4-14. Devido a esta história, não se faz diretamente Inle, mas sim com Oro com Yemanjá que fala por ele. Como este não pode falar nos búzios, quem fala é Yemanjá, e a firma de Inle se pinta no chão, e de Yemanjá na cabeça, quando se faz uma iniciação de santo.
Dia da semana: sábado.
Cores dos colares: azul.
Saudação: Agó Inle que significa “Licença, o meu Pai”.
Comidas e frutas: melancia, sobremesa de batata-doce e rebuçados.