Yemanjá é reconhecida como a maior divindade no panteão Iorubá, pois Dela nascem todas as coisas e a própria vida na Terra. É uma Rainha Ocuni (rainha absoluta) e a Sua palavra tem a autoridade de Obatalá.
I. A Origem, Hierarquia e Criação
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Antiguidade: Yemanjá é tão antiga quanto Obatalá. Através do Seu caminho de Yembó e Odduá, nasce o panteão Iorubá e todos os outros Orichás.
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Criadora e Natureza: Ela é a Orichá da criatividade e da natureza. Dela nascem diretamente: Osaín, Ochosi, Inle, Aggayú, Oggún e Oyá.
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Prioridade na Coroação: Quando se coroa um Orichá, Yemanjá é a primeira a entrar (depois de Eleguá e Obatalá, que são os únicos "Orichás absolutos" que nascem primeiro).
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O Búzio Sagrado: É a verdadeira dona dos búzios (Diloggun), pois a adivinhação nasce no Seu caminho 7 (que representa o céu, mar e terra), onde Ela se enamora do mar.
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O Amor: Nela nasce o amor (referido no oddu 8-7), e Ela ensinou a arte do amor a Changó e aos demais Orichás.
II. A Natureza Dupla e o Domínio
Yemanjá é nobre e boa, mas possui a fúria do oceano:
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Carácter: É nobre e boa com os Seus filhos e com a humanidade.
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Fúria: Quando fica zangada, a Sua ira transforma-se em calamidades e muita agitação à Sua volta.
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Fertilidade: Embora Oxum seja a divindade do baixo ventre, Yemanjá é quem cria; todos os assuntos de gravidez devem ser pedidos a Ela.
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A Controvérsia da Adivinhação: Ela foi quem tirou Ucule (o segredo da adivinhação) sem ser Babalaô. Por isso, Orunla separou-se Dela, pois Ela "tirava os Seus clientes". É por isso que "dois adivinhos não podem viver sobre a mesma casa".
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Relação com Oyá: É mais importante que Oyá, pois o vento (Oyá) nasce nos oceanos.
III. As Sete Reencarnações (Caminhos)
Yemanjá manifesta-se em sete reencarnações (caminhos), que refletem a Sua vastidão:
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Ocute
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Azabba
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Asesu
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Mallelegun
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Oquere
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Aggana
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Oro-Lemaya