Santeria Africana

Os africanos acreditam que o ser humano, pode escolher o bom ou mau, depende das suas escolhas. Desta forma, Olodumaré (Deus) faz parte da nossa caminhada no sentido de percebemos as nossas falhas, e corrigir. Acredita-se que foi colocada ajudas espirituais ou guias espirituais, conhecidos por Orichas, que tem a função de encaminhar e ajudar, encontrar caminhos e soluções na sua caminhada pela terra. Os seus crentes acreditam que na natureza existem diversas energias capazes de ajudar o ser humano. Por exemplo, o oceano é visto como uma das maiores Orichas nesta religião, chamada de Yembo no seu caminho original, ou Yemanjá, mãe de todos os seres vivos.

A religião ficou conhecida como a "Regra de Ocha", ou a religião lucumí, não consiste num culto a santos católicos, pois, estes eram só máscaras que assumiram os Orichas para poderem sobreviver durante a escravatura. São as divindades dos Yorubas, e a palavra “santo” é só utilizada devido à conveniência e à familiaridade. A maior importância nesta religião é a reverência e o respeito pelos antepassados, onde se estabelece uma base sólida com os Egúns (espíritos). Ligada à noção da família numerosa, originária de um mesmo antepassado, engloba os vivos e os mortos. Oricha era, em princípio, um ancestral divinizado, que, em vida, estabelecera vínculos que lhe garantiam um controlo sobre as forças da natureza. Por exemplo, o trovão, o vento, as águas, ou então a possibilidade de exercer certas atividades como a caça, as plantas ou adivinhação.

O Aché ou energia de Olodumaré se traduz como a vitalidade, poder, graça, ou bênção. As mais importantes destas divindades ou Achés são Obatalá, Eleguá ou Echú, Yemayá, Changó, Ogún, Oyá, Ochún, Ochosí, Osaín, Orunmila e Asowano.